quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A História de Angélica


Oi pessoal!  Hoje gostaria de compartilhar com vocês, um episódio que me deixou muito tocada. Sou católica, participo de um grupo de oração que se reúne às terças-feiras e no último encontro que tivemos, fomos brindados com a presença de Angélica. Angélica, conhecida carinhosamente por “Teca”, era minha vizinha e tive o prazer de conhecê-la ainda bem jovem. Era, e ainda é, uma pessoa linda, bem educada e como toda jovem, bastante ativa. A sua vida, entretanto, sofreu uma mudança muito grande após um acidente de carro que a colocou numa cadeira de rodas. Na ocasião, uma das pessoas que estavam no veículo morreu e outra sofreu vários ferimentos graves, mas graças a Deus, se recuperou. Desde então, Angélica tem travado grandes batalhas contra a dor, a aceitação da sua atual situação e contra todas as limitações, inclusive da fala, que a impedem de ser livre. Grande foi a minha satisfação ao vê-la aclamando que Jesus  é o Senhor da sua vida e bendizendo a Deus por ela. Angélica nos deu um testemunho muito bonito e que nos deixou emocionados ao apresentar uma carta que pediu para que fosse lida no grupo e que transcrevo aqui, com a sua autorização.


   
Meu nome é Angélica, mas sou mais conhecida por Teca. Sou católica, apostólica, romana e nunca me esqueci de que o nosso Deus é o mesmo, por isso gostaria de deixar esta mensagem a vocês.
É com muita satisfação que venho lhes contar o meu testemunho, o que aconteceu no dia 28 de janeiro de 2007.
Morava em Curitiba e vim pra Riversul para o baile do Havaí. No domingo resolvemos ir para uma disputa de som em Itaporanga. Estávamos entre cinco amigas e na volta, o carro em que estávamos caiu em uma ribanceira de 25 metros de altura. Eu voei pela janela e cai à beira de um lago. Entrei em coma e fiquei 3 meses desacordada. A primeira coisa que trouxe a minha memória de volta foi a voz do meu ex-noivo (na época, noivo) pelo telefone. Aí me lembrei de tudo e começaram a vir as informações sobre tudo o que havia acontecido. Fiquei 6 meses internada.
Meu noivo, na época, me levou pra São Paulo e conseguiu uma vaga na AACD, onde eu reaprendi a ter postura e consegui restaurar um pouco dos movimentos do lado esquerdo. Fiquei um ano sem falar, mas isso foi em casa que reaprendi.
Tive ao meu lado pessoas maravilhosas que me ajudaram, me deram muito amor, muito carinho e muita força. Minha avó, minha mãe, minha família e amigos, mas principalmente Deus, porque antes ia à igreja só de vez em quando. Tinha Deus como um colega, hoje Ele é meu amigo. Deus mudou muita coisa em minha vida. Antes, olhava para as pessoas e as via por fora e hoje aprendi a ver como elas são por dentro.
Meu ponto de vista sobre o mundo mudou muito. Sei dar valor em tudo porque sei ver Deus em tudo. Posso ter perdido os movimentos do lado esquerdo, mas ganhei uma vida repleta de amigos verdadeiros, família e o principal: Deus no meu coração.
Gostaria, ainda, de deixar uma mensagem aos jovens!
Para vocês, jovens como eu, quero dizer que a bebida não leva a lugar nenhum. O que para vocês , hoje, é diversão, amanhã pode se tornar muita dor, para vocês e para sua família. Não se arrependa! Eu me arrependo muito do meu passado, mas com ele, hoje, posso aconselhar vocês a não cometerem o mesmo erro (não se esqueça: bebida não combina com volante)."

Como Deus é maravilhoso, não é? Angélica poderia ter se rebelado contra Deus, achando que ele é o culpado por tudo de ruim que aconteceu na vida dela, entretanto, aceitou a sua doença, suas limitações e fez dela um caminho para se aproximar D’ele. Desta forma encontrou, segundo ela mesma disse na reunião, a paz que não conhecia. Uma paz que a fez enxergar a vida e as pessoas de outra forma e que a tornou uma pessoa feliz. Quis contar aqui sua história para que todos percebam que, na maioria da vezes, nós mesmos somos responsáveis pelo que nos acontece, mas o nosso Deus, que é um Pai misericordioso e bondoso nunca nos abandona, ao contrário, quando estamos sofrendo é quando Ele mais se aproxima de nós e é capaz de transformar um momento de dor em aprendizado, em crescimento e, na maioria das vezes, até em alegria como podemos perceber no semblante de Angélica. Deus seja louvado pela vida da Angélica e pelo momento de crescimento que ela proporcionou ao nosso pequeno grupo.

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